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Importância do Manejo da Buva

Elemar Voll, pesquisador da Embrapa Soja

As espécies de buvas (Conyza sumatrensis e C. bonariensis) são plantas daninhas de importância crescente no Brasil. Elas ocorrem em diversas regiões do mundo, sendo importantes na infestação de culturas perenes e anuais sob sistema de semeadura direta, cultivo mínimo e áreas de fruticultura. Em experimentos conduzidos com essas espécies, a germinação e a velocidade de germinação são superiores nas temperaturas de 20 e 25 ºC. Elas se comportam como fotoblásticas positivas, o que equivale a dizer que suas sementes germinam na presença de luz.

Buvas são espécies invasoras cujo relato tem sido cada vez mais frequente, dada sua capacidade de desenvolvimento em áreas com palhada, sob sistema de semeadura direta. A luz é necessária para a sua germinação, assim como de diversas espécies de plantas daninhas, sendo considerado um fator de superação da dormência das sementes. As sementes de ambas as espécies sofrem o efeito da filtragem de comprimentos de onda, exceto o filtro vermelho, que proporciona germinação superior à dos demais filtros, sendo inferior apenas ao transparente.

A existência de extensas áreas infestadas com populações de buva (Conyza spp.) resistentes ao glifosato no Brasil demanda estratégias de manejo adequadas e integradas, como identificar cultivares de soja com maior habilidade competitiva com plantas de buva. A perda média de rendimento de grãos por competição com buva pode superar 25%. Características relacionadas ao maior desempenho produtivo de cultivares e, sua maior habilidade em suportar a competição com buva, tem se destacado positivamente quanto à estatura de planta e matéria de folhas secas aos 20 dias após a emergência e, matéria seca de caules e ramificações, em todas as avaliações.

As populações de buva são encontradas predominantemente em áreas mantidas sem cultivo (pousio) do que naquelas áreas cultivadas com trigo no inverno, como o trigo ou aveia-preta. O efeito supressor dessas espécies sobre a população de buva proporcionam maior facilidade de controle com herbicida na pré-semeadura da cultura usada em sucessão. 

A aplicação do glifosato afeta negativamente os parâmetros fotossintéticos do biótipo suscetível de C. bonariensis, causando total inibição da taxa fotossintética, da taxa transpiratória, da eficiência da carboxilação e do uso da água, a partir dos 7 dias após a aplicação

 

Fonte: https://blogs.canalrural.com.br/embrapasoja

 
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