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Oídio, doença comum em condições de baixa umidade e temperaturas amenas

Amélio Dall’Agnol e Claudine Dinali Santos Seixas, pesquisadores da Embrapa Soja

O oídio é causado pelo fungo Erysiphe diffusa. Condições de baixa umidade e temperaturas amenas (18 ºC a 24 ºC) são favoráveis à ocorrência dessa doença, sendo, portanto mais comum na região Sul e em regiões altas. Em cultivares suscetíveis as perdas de produtividade podem variar de 10% a 35%.

Até meados dos anos 1990, a doença era considerada de pouca expressão, mas, a partir de então assumiu relativa importância, sendo mais frequente em períodos de estiagem com temperaturas amenas, como o ocorrido na safra 1996/1997, quando foi necessário aplicar fungicidas de forma generalizada nas lavouras de soja.

O fungo pode infectar qualquer tecido da parte aérea da planta (caule, pecíolo, hastes e folhas), em qualquer estádio de desenvolvimento. O sintoma é visualizado mais facilmente nas folhas, como uma fina cobertura cotonosa esbranquiçada, que se inicia com pequenos pontos e pode cobrir toda a folha. Além do dano direto aos tecidos das plantas, pode prejudicar a fotossíntese. Com o desenvolvimento dos sintomas as folhas secam e caem.
Erysiphe diffusa é um fungo biotrófico, portanto necessita de plantas vivas para se desenvolver e multiplicar. Além da soja, outras espécies foram relatadas como hospedeiras: feijão-comum (Phaseolus vulgaris), caupi (Vigna unguiculata), feijão-mungo (Vigna radiata), ervilha (Pisum sativum).

Utilizar cultivares resistentes é destacadamente a prática de manejo mais recomendada e eficiente para o controle do patógeno. Outra estratégia de manejo é o controle químico que pode ser feito quando os sintomas forem detectados, não sendo necessárias pulverizações preventivas de fungicidas.

Fonte: https://blogs.canalrural.com.br/embrapasoja

 
 
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