ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Ferrugem asiática da soja: veja como acompanhar a doença na safra

Claudia Vieira Godoy e Claudine D. S. Seixas – pesquisadoras da Embrapa Soja

Políticas públicas, como a implantação do vazio sanitário da soja a partir de 2006, bem como a semeadura de cultivares de ciclo precoce tem auxiliado no escape da ferrugem-asiática em muitas regiões.

A semeadura da safra de soja 2019/2020 iniciou com atraso na maioria das regiões produtoras do País, por falta de chuvas. O que define a abertura da safra é o final do vazio sanitário, período que varia de 60 a 90 dias sem plantas de soja no campo, durante a entressafra. O objetivo do vazio sanitário é a redução de inóculo do fungo causador da ferrugem asiática durante a entressafra, por meio da eliminação do principal hospedeiro, a soja. A ferrugem asiática é considerada uma das principais doenças da cultura em função do seu potencial de dano e por estar presente em quase todas as regiões produtoras do Brasil.

Políticas públicas, como a implantação do vazio sanitário da soja a partir de 2006, bem como a semeadura de cultivares de ciclo precoce tem auxiliado no escape da ferrugem asiática em muitas regiões. Essa safra, algumas regiões iniciaram a semeadura com áreas irrigadas, embora em baixa porcentagem e a semeadura principal deve ser concentrada com a normalização das chuvas, mas o período de enchimento de grãos deve acontecer em um período com condição climática favorável para a cultura e também para doenças como a ferrugem asiática.

Mesmo que não seja esperado inóculo alto pela concentração da semeadura, é recomendada cautela pelas condições climáticas favoráveis à doença. A recomendação principal é que o produtor intensifique o monitoramento nas primeiras áreas semeadas ou utilize os canteiros de teste de germinação para monitorar a chegada da ferrugem asiática e evite atrasos nas pulverizações. Os sintomas da doença se iniciam pelo terço inferior da planta e aparecem como minúsculas pontuações (no máximo 1 mm de diâmetro) mais escuras que o tecido sadio da folha, com coloração esverdeada a cinza-esverdeada. A confirmação é feita pela constatação, no verso da folha (face abaxial), de saliências semelhantes a pequenas feridas ou bolhas, que correspondem às estruturas de reprodução do fungo (urédias) (Figura 1). Essa observação é facilitada com a utilização de lupas de 60 aumentos que podem ser acopladas a câmera do celular.

 

 

Fonte: https://blogs.canalrural.uol.com.br/embrapasoja/2019/10/28/ferrugem-asiatica-da-soja-como-acompanhar-a-doenca-na-safra/

 
Fale conosco